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Fui promovido. E agora?

  • Por Jeferson da Rosa Santos e Ana Paula Fernandes
  • 01 set., 2017

Sônia* é uma profissional dedicada e determinada. Tinha planos de retomar a faculdade, a qual havia cursado apenas o primeiro semestre. Ela trabalha em uma empresa prestadora de serviços.

Otávio* desde muito cedo teve de começar a trabalhar para dar apoio para sua família. Passou por algumas empresas até encontrar no varejo e na área de vendas uma forma de conseguir alcançar seus objetivos.

Sônia e Otávio trabalham em empresas diferentes. Mas o que ambos tem em comum?

Diante da dedicação e persistência que tiveram, apresentaram ao longo de sua trajetória excelentes resultados que os diferenciaram e chamaram a atenção das empresas em que trabalhavam.

Então, num certo dia seus respectivos gestores os chamaram para reunião e deram a notícia: “Você acaba de ser promovido!!”.


A euforia de receber a notícia em poucos segundos foi substituída por um misto de sentimentos, pois ao mesmo tempo em que se sentiram reconhecidos, surgiu o medo de não dar conta das novas responsabilidades.

Otávio, que até então era o “amigão”, passou a não ser mais convidado para fazer parte das rodas da turma ou dos happy hours dos colegas. Além disso, percebia que as pessoas mudavam de assunto quando ele chegava. Sua cadeira passou a ficar cada vez mais solitária. Então, decidiu mostrar quem é que manda, dando ordens mais incisivas e por vezes de maneira ríspida. Fazia cobranças desproporcionais e exigia mais do que as pessoas poderiam cumprir. Com o tempo, o clima passou cada vez mais desconfortável. Muitas pessoas passaram a não entregar seus resultados e a serem demitidas por causa disso.

Sônia, que já almejava o cargo de liderança há algum tempo, mesmo sem poder investir em uma formação na área, sempre foi muito interessada por ler tudo que se tratasse de liderança e do segmento em que atuava. Assistia palestras e workshops em sua cidade e participava de eventos deste tipo, sempre que possível. Assim, quando foi promovida, sua primeira atitude foi reunir os colaboradores e levantar com eles os problemas e buscar comprometimento da equipe para superarem os desafios. Não foi fácil, mas Sônia contou com apoio da empresa e do gestor que viram nela todo o potencial e interesse para se desenvolver e implementar as ações de melhoria.


Atualmente, a empresa de Otávio está procurando um novo gerente, com uma equipe desestruturada e com possivelmente terminará outro ano com prejuízo. Otávio passou a pensar que para ser gestor, é preciso mais do que apenas vontade. A empresa em que trabalhava também aprendeu a lição. Ambos, da forma mais difícil. Mesmo assim, Otávio não pensa em desistir.

A empresa de Sônia também está procurando gerente, mas para assumir uma nova filial, pois seus negócios não param de crescer. Não será difícil, pois Sônia desenvolveu competências de liderança em sua equipe. Aliás, Sônia retomou e terminou a faculdade já se prepara para uma pós-graduação em Marketing.

Os nomes são fictícios, mas situações como a da Sônia e do Otávio acontecem todos os dias. Muitos profissionais bons naquilo que fazem em algum momento passam a assumir um cargo de gestão sem o devido acompanhamento e preparação. Com isso, sentem como reflexo a pressão e estresse, o aumento do turn over (rotatividade de funcionários), desmotivação, colaboradores e clientes insatisfeitos e, consequentemente, baixos resultados financeiros.

As empresas precisam cada vez mais entender o processo de mapeamento, comunicação, desenvolvimento e promoção de funcionários, preparando-os para que consigam trazer os resultados consistentes e de maneira crescente, gerando um ambiente de engajamento.

E se você quer crescer em sua carreira, prepare-se sempre, não espere para investir no seu aprendizado, pois a oportunidade pode surgir a qualquer momento. E você não vai querer pensar em se capacitar só depois que for promovido, vai? Até porque interesse, dedicação, persistência e desenvolvimento constantes são marcas de quem cresce e alcança seus objetivos.

Agora, se você já é gestor e entende que pode ir mais além, melhorar seus resultados (metas, indicadores, comunicação e relacionamento...) vá à luta, pois nunca é tarde!

Lembre-se que o cargo é da empresa, mas a carreira é sua. Pense nisso.

 

Por Jéferson Rosa e Ana Paula Fernandes – Apaixonados por desenvolvimento humano, consultores, facilitadores e sócios da Pense - Pessoas| Negócios | Soluções

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